Sociedad y oficialismo: la crispación del discurso oficial sobre sexualidad del Ministerio de Educación Pública, Costa Rica, 1960-2011

Abstract

La segunda mitad del siglo XX y principios del siglo XXI se caracterizó por grandes cuestionamientos a los discursos imperantes en torno a la educación sexual. Un desafío contra el poder político imperante y los convencionalismos del orden moral, en la sociedad costarricense en el período 1960-2018. La participación de actores sociales como la Iglesia Católica, sociedad civil, instituciones públicas y organizaciones no gubernamentales (algunas con voces contestatarias), representantes de discursos hegemónicos y contra hegemónicos, provocaron grietas en la educación media, que permitieron proponer y elaborar programas sobre educación sexual para ser ejecutados por el Ministerio de Educación Pública. No obstante, estas voces de estos actores sociales, no siempre son escuchadas e incorporadas en los discursos oficiales por quienes detentan el poder, ya que no se ajustan a los intereses de la clase dominante.

The second half of the 20th century and the beginning of the 21st century was characterized by major challenges facing the prevailing discourses on sex education. A challenge against the prevailing political power and the conventions of the moral order was witnessed in Costa Rican society in the period 1960-2018. The participation of social actors such as the Catholic Church, civil society, public institutions and non-governmental organizations (some with contentious voices), representatives of hegemonic and counter-hegemonic discourses, led to cracks in secondary education, which made it possible to propose and develop new programs on sex education to be implemented by the Ministry of Public Education. However, the voices of these social actors are not always heard and incorporated into official discourses by those in power, since they do not meet the interests of the ruling class.

A segunda metade do século XX e o início do século XXI foi caracterizada pe los grandes desafios enfrentados pelos discursos predominantes sobre educação sexual. Um desafio contra o poder político prevalecente e as convenções da ordem moral foi testemunhado na sociedade costarriquenha no período 1960- 2018. A participação de atores sociais como a Igreja Católica, a sociedade civil, instituições públicas e organizações não-governamentais (algumas com vozes controversas), representantes dos discursos hegemônicos e contra-hegemônicos, levou a rachaduras no ensino secundário, o que possibilitou propor e desenvolver novos programas de educação sexual a serem implementados pelo Ministério da Educação Pública. Entretanto, as vozes destes atores sociais nem sempre são ouvidas e incorporadas aos discursos oficiais pelos detentores do poder, uma vez que não atendem aos interesses da classe dominante.