Instituciones y fetiches: el problema de la "materia oscura" en las ciencias sociales
Abstract
El campo de las ciencias sociales que estudia los conceptos asociados a entidades colectivas se ha topado desde sus inicios con el problema de la visibilidad de lo invisible. Es la teoría del fetichismo. Puede tratarse de colectivos parciales (empresas, escuelas, ejércitos), o de colectivos generales, como la división social del trabajo, el mercado y el Estado. Se trata de un mundo de sujetos fantasmales que nos pueden dominar y que en gran medida llegan a dominarnos. Si no captamos y entendemos el significado de estos fetiches, y dado el creciente papel de las instituciones desde los albores de la civilización hasta nuestros días, vis a vis la pronunciada reducción de las relaciones humanas directas en las sociedades modernas, comprenderemos muy poco del universo social y su fetichización. Por eso decimos que estos fetiches son, en las ciencias sociales, el equivalente a la "materia oscura" de la astrofísica. The field of social sciences that studies concepts associated with
collective entities, that is the theory of fetishism, has faced the problem
of the visibility of the invisible since the beginning. It may include partial
collectives (companies, schools, armies) or general collectives, such as
the social division of labor, market, and State. It is a world of ghostly
subjects that have the possibility to dominate us and that ultimately, and
to a great extent, end up doing so. Given the growing role of institutions
from the dawn of civilization to the present day regarding the
pronounced reduction of direct human relationships in modern societies,
if we do not grasp and understand the meaning of these fetishes, we will
understand very little of the social universe and its fetishization. This is
the reason why we state that these fetishes in social sciences are the
equivalent of "dark matter" in astrophysics. O campo das ciências sociais que estuda os conceitos associados às
entidades coletivas tem enfrentado desde o início o problema da
visibilidade do invisível. É a teoria do fetichismo. Podem se tratar de
coletivos parciais(empresas, escolas, exércitos) ou coletivos gerais, como
a divisão social do trabalho, o mercado e o Estado. Trata-se de um mundo
de sujeitos fantasmagóricos que podem nos dominar e que em grande
parte chegam a nos dominam. Se não captarmos e compreendermos o
significado desses fetiches e, dado o crescente papel das instituições
desde os primórdios da civilização até os dias atuais, diante da redução
pronunciada das relações humanas diretas nas sociedades modernas,
entenderemos muito pouco do universo social e sua fetichização. É por
isso que dizemos que esses fetiches são, nas ciências sociais, o
equivalente à "matéria escura" da astrofísica.
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